sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014




IEMANJÁ


Iemanjá é um orixá africano, cujo nome deriva da expressão ioruba Yèyé Omo ejá, Mãe cujos filhos são peixes.
Iemanjá, a grande mãe, o oceano que origina tudo.
De seu ventre saíram todos os Orixás, dos seus seios correm os rios que fertilizam a terra, simbolicamente, é claro. Como toda matriarca, é benevolente e preocupada com o bem-estar de todos, mas exerce uma autoridade mais pela astúcia que pela força.
No Brasil é a deusa do mar, da água salgada, enquanto na Nigéria, a deusa de um rio, e orixá dos Egbá, onde existe o rio Yemonjà.
Iemanjá, também a deusa do encontro das águas do rio e do mar, dona, mas quero frizar que tem entidade como Obá, que esta diretamente ligada principalmente a pororoca.  No Brasil, Iemanjá é um orixá muito popular e é reverenciada   no Candomblé, no Batuque, e na umbanda.
Uma das maiores comemorações em honra à Iemanjá ocorre no último dia do ano em várias praias do litoral brasileiro.
Antes e após a queima de fogos da passagem do ano, os devotos fazem oferendas à Rainha do Mar, um dos títulos dos quais ela é saudada.
O ano que entra é entregue a sorte a Aquela que nos recebe quando nascemos.
Iemanjá mais antiga é Iyá Sagba, que quer dizer, A Mãe que passeia sobre as ondas.
Iemanjá é a imperatriz fecunda e resoluta totalmente aberta a criatividade.
A umbanda por influência do sincretismo, promoveu Iemanjá como nova entidade, criação puramente brasileira.
Moralizada como mãe de todos os orixás. 
Nela ficam condensadas as características das diversas entidades femininas.
Para as pessoas que querem crer em uma mãe puritana, extremamente bondosa, etc, como as colocações de todos os santos da igreja católica, com certeza vai se decepcionar com a realidade dos Orixás que são em essência uma realidade do nosso mundo ou o nosso mundo é uma realidade da dos orixás:
Dual. Polarizado.
Iemanjá em suas manifestações:
POSITIVA: Magnitude, criatividade, destemor, constância, gestação.
NEGATIVA: Rudeza, insensibilidade, medo demasiado, e excessivo, crueldade, orgulho desmedido, gula.
Iemanjá, a Mãe é reconhecida como estando na segunda posição de autoridade, mas é apática, falsa e pouco disposta a atender as necessidades dos outros.
A representação de Iemanjá que se tem difundida o superou em muito a imagem de sereia ou de grande mãe cujos seios descem até o chão.
Hoje é uma moça branca a sair do mar, cheia de luz, santa da igreja católica.
É gritante a semelhança imposta pelos católicos, mesmo que apresente traços sedutores, é antes de tudo a mãe boa, desafricanizada.
Sempre descrita como orixá mãe, para quem esplendidas oferendas florais são devotadamente depositadas em todas as praias do Brasil.
Mas esta é apenas uma faceta do Orixá, cujas qualidades negativas ficam ocultas para o grande público.
Iemanjá, é vista um pouco menos feminina que algumas outras Orixás, porque é mãe dos Orixás e é claro, mais velha e inibida.
Apesar de seus gestos meigos, ela mostra menos interesse em dar-se ou prestar atenção nos outros.
Ela é em geral, mais distante e sua meiguice é interpretada, simplesmente, como boas maneiras.
Ela é a deusa do mar e protetora das mães e esposas.
Representa a gestação e a procriação.
Iemanjá está associada á foz dos rios e quebra-mares, mãe dos peixes e de todos as cabeças.
É invocada para trazer prosperidade e abundância.
É um orixá que tem o poder da curar as doenças com água, sem derramamento de sangue, com sua própria riqueza, os peixes, pode curar um mau ori, no ato do ebóri.
É um dos orixás mais velhos entre os irunmonlés, podendo algumas vezes comer junto com os eguns.
Iemanjá, por presidir a formação da individualidade, que como sabemos está na cabeça, está presente em todos os rituais, especialmente no Bori.
Chamada também como a Deusa das Pérolas, Iemanjá é aquela que apara a cabeça dos bebês no momento do nascimento.
Se Bará fecunda e Oxum cuida da gestação, é Iemanjá quem vai receber aquela nova vida no mundo e entregá-la ao seu regente, que inclusive pode ser até ela mesma. Isto tem uma importância muito grande, no sentido e na visão da Cultura Africana, sobre a fecundação e concepção da vida humana.
Daí o titulo de Iyá , mãe, melhor, IyáOri, mãe da cabeça, e plasmadora de todas as cabeças, aquela que gera o Ori, que dá o sentido da vida e nos permite pensar, raciocinar, viver normalmente como seres pensantes e inteligentes.
Essa força da natureza também tem um papel muito importante em nossas vidas, pois é ela que vai reger nossos lares, nossas casas, é Iemanjá que vai dar o sentido de família a um grupo de pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto.
Ela é a geradora e personalidade ao grupo formado por pai, mãe e filhos, transformando-os num grupo coeso.
 Iemanjá é o sentindo de educação que damos aos nossos filhos, os mesmos que recebemos de nossos pais, que aprenderam com nossos avós.
 Iemanjá rege até o castigo, as sanções que aplicamos aos filhos.
É o sentido básico, é a base da formação de uma família, aquela que vai gerar o amor do pai pelo filho, da mãe pelo filho, dos filhos pelos pais, transformando tais sentimentos num só, poderoso, imbatível, que se perpetuará.
Iemanjá é a família! Rege as reuniões de família, os aniversários, as festas de casamento, as comemorações que se fazem dentro da família.
É o sentido da união, seja ligado, por laços consanguíneos, ou não.
Dentro do culto, numa casa de santo, Iemanjá também atua organizando e dando sentindo ao grupo, à comunidade ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar.
Iemanjá também está presente nas decisões, nos momentos de angústia e preocupação pelo ente querido, pois seus sentimentos geram os nossos, a necessidade de saber se aqueles que amamos estão bem, a dor pela preocupação, é uma regência de Iemanjá, que não vai deixar morrer dentro de nós o sentido de amor, do amor ao próximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente, ou amigo muito querido.
Iemanjá é a preocupação e o desejo de ver aquilo que amamos a salvo, sem problemas.
Iemanjá está presente nos mares e oceanos.
É a Senhora das águas salgadas e será ela que proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e provendo o alimento vindo de seu reino. Iemanjá é a onda do mar, o maremoto, a praia em ressaca, a marola, Ela quem controla as marés, é ela quem protege a vida no mar.


Mitologia

Olodumaré fez o mundo e repartiu entre os orixás vários poderes, dando a cada um reino para cuidar.
A Bará deu o poder da comunicação e a posse das encruzilhadas.
A Ogum o poder de forjar os utensílios para agricultura e o domínio de todos os caminhos.
A Odé o poder sobre a caça e a fartura.
A Obaluaiê o poder de controlar as doenças de pele.
A Oxumaré seria o arco-íris, embelezaria a terra e comandaria a chuva, trazendo sorte aos agricultores.
A Xangô o poder da justiça e sobre os trovões.
A Oyá reinaria sobre os mortos e teria poder sobre os raios.
A Ewá controlaria a subida dos mortos para o Orum, bem como reinaria sobre os cemitérios.
A Oxum seria a divindade da beleza, da fertilidade das mulheres e de todas as riquezas materiais da terra, bem como teria o poder de reinar sobre os sentimentos de amor e ódio.
A Nanã a dádiva, por sua idade avançada, de ser a pura sabedoria dos mais velhos, além de ser o final de todos os mortais; nas profundezas de sua terra, os corpos dos mortos seriam recebidos.
Alem disso do seu reino sairia a lama da qual Oxalá modelaria os mortais, pois Odudua já havia criado o mundo. Todo o processo de criação terminou com o poder de Oxaguian que inventou a cultura material.
Para Iemanjá, Olodumare destinou os cuidados da casa de Oxalá, assim como a criação dos filhos e de todos os afazeres domésticos.
Iemanjá trabalhava e reclamava de sua condição de menos favorecida, afinal, todos os outros deuses recebiam oferendas e homenagens e ela, vivia como escrava.
Durante muito tempo Iemanjá reclamou dessa condição e tanto falou, nos ouvidos de Oxalá, que este enlouqueceu. O ori de Oxalá não suportou os reclamos de Iemanjá.
Oxalá ficou enfermo, Iemanjá deu-se conta do mal que fizera ao marido e, em poucos dias curou Oxalá.
Oxalá agradecido foi a Olodumarê pedir para que deixasse a Iemanjá o poder de cuidar de todas as cabeças. Desde então Iemanjá recebe oferendas e é homenageada quando se faz o bori  e demais ritos à cabeça.
Olodumare-Olofim vivia só no Infinito, cercado apenas de fogo, chamas e vapores, onde quase nem podia caminhar.
Cansado desse seu universo tenebroso, cansado de não ter com quem falar, cansado de não ter com quem brigar, decidiu pôr fim àquela situação.
Libertou as suas forças e a violência delas fez jorrar uma tormenta de águas.
As águas debateram-se com rochas que nasciam e abriram no chão profundas e grandes cavidades.
A água encheu as fendas ocas, fazendo-se mares e oceanos, em cujas profundezas Olocum foi habitar.
Do que sobrou da inundação se fez a terra.
Na superfície do mar, junto à terra, ali tomou seu reino Iemanjá, com suas algas e estrelas-do-mar, peixes, corais, conchas, madrepérolas.
Ali nasceu Iemanjá em prata e azul, coroada pelo arco-íris Oxumarê.


Ajê Salugá



Ajê Salugá é a irmã mais nova de Iemanjá.
Ambas são as filhas prediletas de Olokun. Quando a imensidão das águas foi criada, Olokun dividiu os mares com suas filhas e cada uma reinou numa diferente região do oceano.
Ajê Salugá ganhou o poder sobre as marés.
Eram nove as filhas de Olokun e por isso se diz que são nove as Iemanjás.
Dizem que Iemanjá é a mais velha Olokun e que Ajê Salugá é a Olokun caçula.
Olokun deu às suas filhas os mares e também todo o segredo que há neles.
Mas nenhuma delas conhece os segredos todos, que são os segredos de Olokun. 
Ajê Salugá era, porém,menina muito curiosa e sempre ia bisbilhotar em todos os mares.
Quando Olokun saía para o mundo, Ajê Salugá  fazia subir a maré e ia atrás cavalgando sobre as ondas.
Ia disfarçada sobre as ondas, na forma de espuma borbulhante.
Tão intenso e atrativo era tal brilho que às vezes cegava as pessoas que olhavam. 
Um dia Olokun disse à sua filha caçula:
O que dás para os outros tu também terás, serás vista pelos outros como te mostrares. Este será o teu segredo, mas sabe que qualquer segredo é sempre perigoso.
Na próxima vez que Ajê Salugá saiu nas ondas, acompanhando, disfarçada, as andanças de Olokun, Seu brilho era ainda bem maior, porque maior era seu orgulho, agora detentora do segredo.
Muitos homens e mulheres olhavam admirados o brilho intenso das ondas do mar e cada um com o brilho ficou cego, seu poder cegava os homens e as mulheres.
Mas quando Ajê Salugá também perdeu a visão, ela entendeu o sentido do segredo.
Iemanjá está sempre com ela, quando sai para passear nas ondas.
Ela é a irmã mais nova de Iemanjá.
Quando se encontrava no céu perto de Mawu, o caramujo Aje se chamava Aina e erado sexo feminino.
Naquela época, Fa Ayedogun passava por sérias dificuldades financeiras e, por ser muito pobre, não era convidado a participar de qualquer festa ou reunião social.
Aina, recém nascida, era muito feia.
Sua aparência terrível fazia com que todos evitassem
sua companhia e ninguém aceitava tê-la em casa.
Depois de ser rejeitada em todas as casas, Aina bateu na porta de Fa Ayidogun, que apesar do estado de miséria em que se encontrava, acolheu a menina.
Uma bela noite, Aina acordou Fa, anunciando que estava prestes a vomitar.
O hospedeiro apresentou-lhe uma tigela para que vomitasse, mas ela recusou-se.
Uma cabaça foi trazida e também recusada e depois, uma jarra foi objeto de nova recusa.
Fá perguntou então, o que poderia fazer para ajudá-la e Aina disse:
Lá no lugar de onde venho,costuma-se vomitar todos os dias, no quarto.
Conduzida ao quarto, Aina começou a vomitar todos os tipos de pedras preciosas, brancas, azuis,vermelhas, verdes, etc.
Naquele momento, um marabu que passava,penetrou na casa de Fá e perguntou por Aina.
-Ela está no quarto,acometida por uma crise de vômitos. Respondeu Fá. O estrangeiro foi ver o que se passava e ao deparar com Aina vomitando pedras preciosas, exclamou:
Ha! Nós não conhecíamos os poderes de Aina, hoje revelados!
Disposto a serví-la, colocou-lhe o nome de Anabi ou Ainayi, que emYoruba quer dizer: Aina vomita, Aina deu toda riqueza a Fá Ayidogun. 


Arquétipo


São imponentes, calmas, sensuais, fecundas e cheias de dignidade e dotados de irresistível fascínio,   pelo menos a primeira vista, pois geralmente as pessoas tendem a desconfiar das maneiras de atuação dos filhos de Iemanjá, por isso são campeões de descasamentos, de encontros desmarcados, após um primeiro encontro.
São voluntariosos, fortes, rigorosos, protetores, altivos e, algumas vezes, impetuosos e arrogantes, nesse item ganham o troféu disparado.
Têm o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justas, mas formais.
Põem à prova as amizades que lhes são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais.
As mulheres de Iemanjá preocupam-se com os outros, são maternais e sérias.
Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das coisas vistosas, das jóias caras, isso serve para os filhos também que gostam de exageros, tendência à vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano não lhes permitem.
As filhas de Iemanjá são boas donas de casa, educadoras pródigas e generosas, criando até os filhos de outros. Não perdoam facilmente, quando ofendidas.
São possessivas e muito ciumentas.
São pessoas muito voluntariosas e que tomam os problemas dos outros como se fossem seus.
São pessoas fortes, rigorosas e decididas.
Gostam de viver em ambientes confortáveis com certo luxo e requinte.
Esses filhos põem a prova as suas amizades, que tratam com um carinho maternal, mas são incapazes de guardar um segredo, por isso não merecem total confiança.
Eles costumam exagerar em suas verdades, para dizer que não mentem e fazem uso de chantagens emocionais e afetivas.
São pessoas que dão grande importância aos seus filhos, mantêm com eles os conceitos de respeito e hierarquia sempre muito claros.
Sempre nas grandes famílias, há um filho de Iemanjá, pronto a se envolver com os problemas de todos, pois gosta tanto disso que pode se revelar um excelente psicólogo.
Fisicamente, os filhos de Iemanjá tendem a obesidade, ou a uma certa desarmonia no corpo.
As mulheres, por exemplo, acabam ficando com os seios caídos e as nádegas contidas e preferem os cabelos compridos.
São extrovertidos e sempre sabem de tudo, mesmo que não saibam.
Os filhos de Iemanjá são quase sempre sensíveis, emotivos, e podem ter dupla personalidade.
São metódicos, aceitam com revolta seu destino, sentem fascinação por tudo que seja oculto.
Tendência a mais de um casamento.
Sua revolta intensa é comparada as ondas do mar.
Num constante vai e vem por toda a vida.
Propensa a obesidade, câncer de mama, problemas de coluna, doença mental. Seus filhos sentem-se donos da verdade, passam a aparência de calmos, polidos, meigos, humildes, mas no fundo são muito arrogantes, e você não sabe o que na realidade estão pensando.
O aspecto físico é marcado pelo corpo e a ossadura grande, ancas largas, seios generosos.
As mulheres de Iemanjá são muito mais mãe do que esposa, bastante independente em relação aos homens, maridos, amantes, ou pai.
Seus sentimentos maternais exprimem-se antes no zelo e no amor com que se dedicam á educação de crianças que podem até nem ser delas do que dando a luz inúmeros rebentos.
Não gostam de anarquias, brigas.
Dificilmente um filho de Iemanjá fala bem de alguém. Muitas vezes são mesquinhos, conformistas, mas não duvide que traia alguém para conseguir alguma coisa.


Entidade de ligação

Exu Marabô

Ligado a Iemanjá, tem atuação sobre toda a orla marítima e áreas de pesquisa científica. Encarregado de fiscalizar o plano físico, distribuindo ordens ao seus comandados, nos mais diversos planos de sua jurisdição.
Dificilmente baixa em terreiros. Fala e escreve perfeitamente o francês.
Quando incorpora, usa o nome de seu companheiro Agalieraps , exu Mangueira.





Oríkì

Iyemoja mo pe
Iemanjá  eu te chamo

Yèyé awon eja mo pe
Mãe dos filhos peixes eu te chamo

Eniti nso agan di olomo mo pe
A pessoa que tornou aquela mulher fértil para ter filhos, eu te chamo

Eniti nso talaka di olowo mo pe
A pessoa que tornou pobre em rico, eu te chamo

Inu re ni Olokun ti jade
Dentro de você, saiu Olokun

Inu re ni Òsóòsí ti jade
Dentro de você, saiu Oxossí

Inu re ni Ode ti jade
Dentro de você, saiu Odé

Inu re ni Olosa ti jade
Dentro de você, saiu Olosá

Ko wa gbo igbe ebe mi.
Para você ouvir o meu grito de clamor.

Báálé
Báálé !

Iyemoja ágbódò dáhùn ire
Iemanjá , de dentro das água, responde com o bem.

Ìyá mi.
Minha mãe,

Aseperiola.
Que pode ser chamada para trazer prosperidade.

Abèrìn èye lénu
A que sorri elegantemente.

Iwo l'oko mi
Você é minha senhora.

Abìrìn iyì lésè méjèjì
Louváveis são os passos de seus pés.

Olówó orí mi
Dona do meu orí.

Omi owó wón nílé wa
A água que traz prosperidade não falta em nossa casa.

Omi bureke
Água em abundância.

Iyemoja a f'ara òkè
Iyemanjá,firme como a montanha, nela podemos nos apoiar.

O l'ómi nílé egbele
Possui casa formada por muitas águas. 

Òrìsà nfi omi tútù wo àrùn
Orixá que cura doenças com água fria.

A wo àrùn fún olomogba èjé
Que cura as doenças sem pedir sangue aos familiares do doente.

Iyemoja a tún orí eni sunwòn se
Iemanjá , que melhora o mau ori.

Túbò tún orí mi se kalé o.
Melhora mais e mais o meu ori, até o fim da minha vida.

Agbe ni igbe're ki Iyemoja Ibikeji odo.
É o pássaro que leva fortuna boa ao Espírito da Mãe da Pesca, a Deusa do Mar.

Aluko ni igbe're k'losa, ibikeji odo.
É o pássaro Aluko que leva fortuna boa ao Espírito da Lagoa, o Assistente para a Deusa do Mar.

Ogbo odidere i igbe're k'oniwo.
É o papagaio que leva fortuna boa ao Chefe de Iwo.

Omo at'Orun gbe 'gba aje ka'ri w'aiye.
É crianças que trazem fortuna boa de Céu para Terra.

Olugbe-rere ko, Olugbe-rere ko, Olugbe-rere ko,
Ó Grande que dá coisas boas, Ó Grande que dá coisas boas, Ó Grande que dá coisas boas.

Gbe rere ko ni olu-gbe-rere
Me dê Coisas Boas do Grande que dá Coisas Boas
Axé!


 prece



Oh! Iemanjá, sereia do mar.
Canto doce, acalanto dos aflitos.
Mãe do mundo, tenha piedade de nós.
Benditas são as benções
que vem do teu reino.
Meu coração e minha alma se
abrem para receber as suas bênçãos.
Mãe que protege, que sustenta,
que leva embora toda dor.
Mãe dos Orixás, mãe que cuida
e zela pelos seus filhos
e os filhos de seus filhos.
Iemanjá, tua luz
norteia meus pensamentos
e tuas águas lavam minha cabeça.


tÍtulos  e qualidades



Akurá  : Vive nas espumas do mar, aparece vestida com lodo do mar e coberta de algas marinhas,cujo olhar é insustentável; é muito altiva e escuta apenas virando-se de costas ou inclinando-se ligeiramente de perfil; é perigosa e voluntariosa; mata afogado os maus pescadores que pescam pela prazer e não por necessidade. Usa uma corrente de prata no tornozelo; foi a mulher de Orunmilá, apesar de ter usado um dos intrumentos da adivinhação quando ele estava ausente, tanto que dizem que indignado, Orunmilá teria expulsado-a momentaneamente, vindo posteriormente a reinar. 
Muito rica e pouco vaidosa. Adora carneiro.
Come com Nanã. 
 


Bomí  ,Asdgba Ou Sobasoba : É a mais velha, manca de uma perna devido a uma luta com Bará, rabugenta, e feiticeira, fala de costas, gosta de fiar seu cristal. Comanda as caçadas mais profundas do oceano, tem afinidade com Nanã. Veste branco.


Ataramaba : Nessa forma ela está no colo de seu pai Olokun.




Ataramogba/ Iyáku   : Vive na espuma da ressaca da maré.




Ayio  : Muito velha. Veste sete anáguas para se proteger. Vive no mar e descansa nas lagoas. Come com Oxum e Nanã.



Bosá  ou Olossá : Come com Oxum e Nanã. Veste verde-claro e suas contas são branco cristal. É a Iemanjá mais velha da terra de Egbado.



Iyemoyo, Awoyó; Yemuo; Ori ou Iemowo  : É uma das mais velha, possui ligação com Oxalá, o seu fundamento está no ori, representa a vida, pode curar doenças da cabeça. Veste branco e cristal.

Iya Iyá Massé Masemale ou Iamasse  :Iemanjá  unida a Orânhaiã.
Deu início a sagrada dinastia dos primeiros reis de Oió. Trabalhadora, briguenta, violenta, feiticeira, baila com uma cobra enrolada no braço.
É representanda como uma sereia de longos cabelos pretos. Rege a maternidade, e a mãe dos peixes que representam fecundidade.
Seu dia à sábado. Nas grandes "obrigações", são oferecidos cabra branca, pata ou galínha branca.
Gosta muito de flores e é costume oferecer-lhe sete rosas brancas abertas, que são jogadas ao mar para agradecimento. Sua cor é a branca com azul.
Usa um adé com franjas de missangas que esconde o rosto. Leva na mão um   leque ritual de metal prateado de forma circular, com uma sereia recortada no centro.
É a mãe de Xangô e quem cuidou de Oxumarê.
Esposa de Oranian e muito festejada durante as festas consagradas a seu filho Xangô. As suas contas são branco leitosas, rajadas de vermelho e azul.


Konlá  :  Filha de Olóòkun, vodun (Deus), em Benin, ou conhecida como uma Deusa, em Ifé, do mar. Konlá veste-se de verde água e suas contas são verdes cristais claros, gosta de muitos peixes de água salgada, camarão e uma bacia bem cheia de pêras e   ovos de pata.


Maleleo ou Maiyelewo  : Esta Iemanjá  vive no meio do oceano no lugar onde se encontram as sete correntes oceânicas.



Odo  : Tem aproximação com Oxum, e vive na água doce sendo muito feminina e vaidosa.




Ogunté  : Considerada   guerreira, dona da espada, esposa de Ogum ferreiro,Alagbedé ,e mãe de Ogum Akorô e Odé. O seu nome significa aquela que contém Ogum. Vive perto das praias, no encontro das águas com as pedras. Traz na cintura um facão e todas as ferramentas de Ogum. Veste branco; azul marinho, cristal, ou verde e branco.



Oyo  : Benéfica, muito feminina, saudada na cerimónia do Padê, veste de branco, rosa e azul claro.




Saba  : Fiadeira de algodão, foi esposa de  Orunmilá.





Susure : Ligada à gestação. Voluntariosa e respeitável, mensageira de Olokun, o deus do mar. Vive nas águas sujas do mar e é muito esquecida e lenta. Come com Obaluaiê e Ogum. Além do próprio assentamento, tem que se assentar Oxum e Obaluaiê. Veste branco, verde água e suas contas branco cristal.



Yinaé ou Malelé  : Aquela que os filhos sempre serão peixes. Também conhecida como Marabô, mora nas águas mais profundas. É a sereia, ligada à reprodução dos peixes, vem sempre a beira do mar apanhar as suas oferendas, está ligada a Oxalá e Bará.



Curiosidades


Frase De Impacto:
Íyá nsé owó pélé-pélé nínu omi
 Minha mãe esta erguendo as mãos,suavemente dentro das águas.


ANIMAIS :Patas, galinha branca , cabra e ovelha branca.


BALANÇA : Composta de 32,16 ou 08 pessoas,homens e mulheres.


BEBIDAS : Água de coco, mel, água salgada ou potável, champanha ,vinho branco e suco de suas próprias ervas e frutos.


COMIDAS : São também brancas como  ebó de milho branco com mel, arroz e angu. Canjica branca, peixe fritos,assados, arroz, arroz-doce com mel, acaçá, pudim, manjar.


CONTAS : Vidro transparente.


CORES : Branco, rosa-claro , azul-claro tradicional além da cor prata.


DIA :Sábado ,algumas qualidades na sexta-feira.


DOENÇAS : Barriga e seios,obesidade,câncer de mama.


DOMÍNIO : Maternidade adulta e a pesca, atividades econômicas desenvolvidas no mar em geral.


ELEMENTO : Agua salgada.


ERVAS PARA BANHO E DEFUMAÇÃO: Jasmim, araticum-da-praia, folha-da-costa, graviola, capeba, mãe-boa, musgo marinho encontrado nas pedras marinhas, alcaparra.


FERRAMENTAS :  Âncora e o leme.Todos adornos femininos em prata, peixe, leque, caramujos, barco, conchas, lua, moedas e búzios .


FLORES: Rosas e palmas brancas.


FRUTAS: Mamão, graviola, uvas brancas, melancia ,Coco ,Uva dedo de dama .


LOCAL PREFERIDO : Água salgada.


METAL : Prata e platina.


NÚMEROS :   8 e 16.


PARTES DO CORPO : Cabeça , cérebro .


SAUDAÇÃO : Odoiá!!! ou Odô-fé-iabá ou Odofiabá!!!!


SÍMBOLO : Abebé, leque de metal prateado com a figura de um peixe.


Minha homenagem a Iemanjá.

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